16 de janeiro de 2024

Sem Titulo 124

 Sonhe, se puder, sonhe.

Se achar que não, respire e continue não importam o que falem.

Sofra, não faz mal nenhum sentir mal ou mau.

Tenha cicatrizes, mas não esqueça de cada batalha que lutou.


Chore, lave seus olhos sempre que quiser.

Clareie sua alma mesmo que te joguem carvão.

Se perceber que não tem luz, seja-a.

Mas acima de tudo, não jogue seus sonhos no chão.


Sonhe com coisas boas que talvez só faça sentido pra você.

Demore um dia pra realizar, um mês, um ano ou dezesseis.

Juninho ser adulto é horrível, não tenha pressa em crescer,

Mas sonhar é a unica energia que alimenta um ser.


Ter trinta anos com rugas, defeitos em todos os cantos,

Mas ainda saber saborear um sonho, da forma como só nós fazemos.

Parar pra curtir mesmo parecendo se mover,

É meu jeito de existir, minha forma de viver.


Uma música, um disco ou mil horas de silêncio,

Em qualquer melodia nós caminhamos,

Pra você meu eu do passado, adolescente invernal,

Saiba que nós conseguimos tomar um café no mosteiro afinal!


E eu ainda vou viver pra realizar todos os sonhos que você sonhou,

Te carrego comigo, minha criança interior!

11 de julho de 2022

Sem Título 123

Acho que te amo de verdade. Pera deixa eu explicar.
São duas da manhã e ver teu sorriso dormindo é simplesmente meu lar.
Respirar aliviado em saber que tá tudo bem na minha fábrica favorita.
Na fazedora de ideias mais linda, na sua cabecinha.

Mas mais do que isso é te ver no teu normal.
Chateada com coisas pequenas, como a minha forma de por roupa no varal.
Me acolher de mão tão materna com um prato de comida.
De me fazer carinho, nas minhas noites mais vazias.

É de sentir falta de quando tu pede pra ver mais um episódio.
De causar por vezes pequenos picos de ódio.
Mas de teimosamente dividir meu lazer contigo.
De ter paciência com meu ser, de querer caminhar comigo.

De me fazer as duas da manhã escrever um poema cheio de energia,
De me fazer me desculpar por te acordar e ouvir toda essa cortesia.
Não penso mesmo que amores seja algo tão belo e perfeito.
Pois tu te tornas mais bela, quando em ti vejo um defeito e aceito.

Eu agradeço muito pela tua existência extra sensorial
E que sorte a minha de ter você aqui do meu lado, dividindo esse ninho de molas.
Que contornam nossos amores, brigas, abraços, lágrimas e beijos.
Perder tudo isso me desespera e me consome por inteiro.

A alegria de saber que tá quase tudo bem,
De sentir tua mão quentinha na noite fria.
Quero logo poder falar sério em teu ouvido.
Meu sonho maior é me casar contigo.

9 de março de 2022

Sem Titulo 122

Tu te formas de maneira frágil
Sempre acompanhada de neblina.
Anuncia feito nuvem de maneira ágil,
Teu bailar pelos céus tanto noite quanto dia.

Tu que as vezes se mistura com o sol,
As vezes não sabe tua hora de partida.
Quando vem  atrai todos como um farol,
Assim que toca rapidamente acaricia.

Muitas vezes tu vem forte, grossa que nem ventania
Esbraveja suas dores e tem trovões.
Mas com o tempo tu te acalmas e se alivia,
E ilumina de verde todas as plantações.

Tu que escuta as vezes ser mal querida.
Por tantos que nao entender tuas ações,
Te asseguro que essas palavras são sina,
De tantos que não se molham de emoções.

E quantas vezes que canto sob a tua presença,
Ampara meu choro, me tranquiliza e me deixa cantar,
Pra mim um dia sem você é uma seca tremenda,
Pois tua água tem em si a força de restaurar.

Tu que as vezes te aquieta e derrama por um momento,
Lembra de climas passados, outras tempestades.
Saiba tambem que até nisso há acalento,
Por todas as vezes que molha a minha face.

Espero que tenha entendido quem és, nessa fala rústica 
Pois teu andar é em circulos, valsa como música,
Muitos te chamam de chuva,
Eu te chamo de mãe e tu se chamas de Lúcia.

14 de dezembro de 2021

Sem Título 124

 Cansado de tudo corri
corri para fugir, corri para sumir

mas com alguma coragem,

corri

Corri para sair da labuta,

pra sair da rota de culpa

pra terminar o trabalho

pra não ver meus calos.


Corri


pra tu não mais me ouvir,

por eu não conseguir

e me faltar rimas


corri


pela vontade de fugir de mim

fugir daqui

da minha alma em ruinas.

10 de agosto de 2021

Sem Título, nem número

I sabele, Helena, isa, marrentinha, amor meu.
S ubitamente, senti contigo, um brilhas incandescente...
A conteceu, faz muito tempo, mas sempre é presente.
B ela tarde ensolarada quando saímos a primeira vez e de forma
E xtraordinária nossos interesses convergiram da maneira mais
L eve possível, como se nossos 
E spíritos, se conhecessem de outro tempo.

S entimentos inenarráveis tenho por ti e não há 
O utra forma de fazê-lo senão por escrever 
U mas linhas aqui pra eternizar essa data.
S empre me pergunto como posso escrever e não me repetir.
A contece que tua poesia é arte intransponível e infinita.

D eni, José, zero ou valdenir. Chame-me como quiser
E u quero sempre te ouvir.

Q ueria que teu nome fosse maior assim eu
U ltrapassaria a máxima de caracteres só pra te dizer que
E u te amo vida vida, e mesmo que hajam 
I ntempéries, seguiremos juntos. Pois não importa o 
R umo que decidirmos tomar, você me faz forte frente à qualquer
O bstáculo. Eu te amo muito meu amor... ontem, hoje, amanhã... do A ao
Z

17 de julho de 2021

Sem Título 123

 Olhei pro passado de onde me iludi,
quando eu me cobria de risos, evitando me ferir.
Vi que ali pouco de mim ainda habitava,
lentamente aquela alma leva, pesada se transformava.

Sonhei, vivi numa ilusão,
mas não me arrependo, não sonhei em vão.
Meus sonhos me ajudaram a persistir,
e atravessar barreiras que eu não pensava existir.

Hoje eu tendo me desafogar desse rio,
esse rio de lágrimas com pitadas de risos.
A casca já não suporta, meu sangue derrama,
o que me separa da morte é só os alguéns que me amam.

E mesmo nesses bravos espíritos,
que evitam de me ruir,
ainda os protejo de segredos,
que sei que dilaceraria ouvir.

De um dia, eu que pensava ser cientista,
alcancei o que sonhei.
No entanto a plateia bonita,
nunca existiu, como eu imaginei.

Com a gana de um suspiro mortal
me agarrei em cordas tão finas.
Não puderam me segurar nem evitar a ferida.
Desde o inicio, eu nem sabia, mas já era final.

Talvez final nem fosse, porque não existia.
E hoje só me resta os textos que escrevo....
Que, em muitos que um dia leram, já não persiste vida.
Ao menos o céu cinza eu ainda vejo.

E com o tempo descobri que buscar amor é burrice,
que deve-se aproveitar o que existe e sempre há.
O importante mesmo é se permitir o amor onde há o amar.

Eu vou embora daqui, agradeço a todos pela companhia.
Desde os fantasmas que já se foram, daqueles que causaram feridas,
tanto das pobres almas que me amam e me acompanharam.

Vou pra onde eu caiba, pra onde não tenha que me podar.
E se você leu isso e pensa que é impossível.
Te alerto, é imprescindível!
Se tu achas que não tem lugar onde te acolha, saiba que sempre existe um lar.

Espero que um dia, possas encontrar! 

16 de março de 2021

Sem Título 122

Eu sempre tento e reinvento formas de pensar
Sempre me convencendo que viver é bom
Como um abraço com os olhos fácil de sacar
Como um estranho que viveu um grande amor

E aí vem a condição de pensar
Sempre no se fosse, se antes não fosse, se agora fosse
Mudaria alguma coisa no final?

Eu sempre vou seguindo em frente
Eu sempre rio de mim pra não chorar
Como uma dança diferente
Enlouquecendo para se curar

A solidão e os fones das pessoas na estação
E um labirinto pra se livrar da dor
A força imensa dos que ainda podem se alegrar
Guiam de forma branda os seus corações

E aí vem a condição de pensar
Sempre no se fosse, se antes não fosse, se agora fosse
Mudaria alguma coisa no final?

Eu sempre vou seguindo em frente
Eu sempre rio de mim pra não chorar
Invento danças diferentes
Enlouquecendo para se curar

Eu sempre vou seguindo em frente
Eu sempre rio de mim pra não chorar
Invento danças diferentes
Me esbarrando até se encontrar

Dança Diferente - Maglore (adaptado)