5 de dezembro de 2018

Sem Título 114

Perene, invisível... indecifrável
Estou preso a desatinos do universo inexorável.
Aquele ponto tênue que você questiona sua existência.
Quando o café, que era tão doce, perde sua essência.
Rodeado de gente.
Tudo silencioso.
Já não sei se sou um ser vivente.
Ou apenas um desvairado pretensioso.
Tô aqui só de passagem,
Nesse estado, nessa cidade
Mas talvez ainda mais além.
Sendo passageiro daqui ao além.
Dentro o ciclo vazio que supos"r"tamente estou inserido.
Questiono pelo ser eloquente.
Uma vez pura e tão somente vivido.
Aquela luz que brilha é de fato incandescente?
Abalado, não tenho mais água pra lágrima.
Esmigalhado, já não há espaço para receber mágoas.
Inabalável, por ter sido inúmeras vezes destruído.
Cansado, por ter infinitamente revivido.
Dentre a noite com pretensões astrais.
Permito-me a ocasional companhia.
Não porque esteja necessitado de humores além mentais.
Mais por compreender que a vida é vaga afinal.
pfw 8671.

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