12 de novembro de 2018

Sem Título 113

Ô chuva quando tu cola na mangueira,
Parece ser ainda mais verdadeira...
Conduz tua fluidez no meu espírito.
Transforma em equilíbrio todo e qualquer desatino.

Se tu soubesses a batalha que vem sendo por esses anos.
Mas tu sabes né? Sei que vives me acompanhando.
Hoje tu viera humilde, calada e manteve seu ritmo por todo o dia.
Logo hoje que acordei frio, xícara de café vazia.

Com vontade de falar pouco e sentir muito.
Sentir todas as alegrias e dores do mundo, durante apenas um mísero minuto
Hoje eu precisava muito de você.
E você veio me receber.

Tu sabes que é meu divino, meu espírito manifestado.
Pois muitos gostam de ver o sol estalando raiado.
Mas nenhuma alegria supera esse fino estado.
O momento melancólico de um dia nublado.

Ah chuva, se tu soubesses como sou por ti viciado.
Que paro qualquer coisa pra conversar contigo.
Mas a vida ensina de maneira grosseira, ao contrário dos amigos...
Que conversar as vezes deve ser restrito.

Deve as vezes morar no silêncio, contemplar no calar.
Amadurecerfância do existir à falar.
Pedem que eu me distraia escrevendo poemas.
Mas assim como lágrimas, eu não forço meu texto. Apenas começo a chorar.

Como tu aveludadamente acaricia as folhas do quintal.
Transforma toda a energia ruim em potencial.
E diz baixinho pra mim, num tom maternal:
Se perdoa um pouquinho, você não é um menino mal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário