Tenho surtos e fortes picos de loucura.
Que se intercalam por suaves toques de ternura.
Alguns preferem não se envolver muito com meu ser filosófico.
Mas algum poucos se arriscam a tentar entender esse melodramático propósito.
Recebo prêmios, artigos, adjetivos e letras.
Que pouco dizem sobre mim, mas querem que eu perceba.
Mas eu prefiro parar e olhar para rua...atenta e corrente.
Vejo rostos desconhecidos andando e...seguindo em frente.
Espero com uma chave que não é minha
Com uma fase que não é minha.
Numa rua que não é minha.
Com um por do sol que não vinha.
Espero que ele traga respostas, que ingênuo de minha parte.
Aqui se vive muito mais pela não arte.
Espero que me entender, aquele amigo possa.
Mas não posso forcá-lo a despencar na minha visão de morte-grossa.
Quisera eu não ser tão inflamável.
Pouquíssimas dores me seriam algo tragável.
Mas ainda bem que sou assim ígneo.
Ao menos vejo as cores de meu inferno-consigo.
Sento no balcão frio se granito.
Bem como faço todas as noites.
E repito, sozinho, comigo.
Não é de todo o açoite.
Porque mesmo tendo a ciência que tudo isso é nada.
Que serei esquecido.
Que serei vivido.
Sei que que existir para um futuro é dever de cada.
Escurece...
Vem o frio da noite, traumaticamente amigável.
Amanhece...
Com todo recomeço, vida e existência em si imaginável.
Tentei por fim nisso tudo.
Mas em mim mesmo não consegui fazê-lo.
Ao invés tomei pra mim, meu manto de andarilho primeiro.
Que vaga, que ajuda e desistiu de esperar por sê-lo.
Conversas vagas eu aprendi a ter.
Sorrisos falsos aprendi a entender.
Até o saúde depois do espirro que nunca tiveram.
Percebi que talvez não seja sobre ocorrerem e sim sobre esperaram.
Vago. Sou turvo.
Desencaixadamente pertencente.
Sou cheio e translúcido.
Amigável de ato detestavelmente.
Já não espero por algo,
Correspondo-me com o nada.
Meus irmãos são pontos de apreciação. Um trago.
Perco ao perdoar-me pelo que tu jamais tentara.
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