Que pelo menos sejam como são
eu não quero conviver com plastico e carvão.
Quero humanidade
gente verdadeira, com alegria e maldade.
Mas desde que nessa terra pisei
escuto meu sentido maior disparar
muitas noites em claro ainda viverei
das dificuldades que ainda terei que passar.
Não haverá mais espíritos libertadores
tampouco verdades expostas
só viveras de máscaras de horrores
e amizades frias, neutras e mortas.
Será o fim do teu conforto
apenas viverá selva após selva
nenhuma mente concordará com teu ponto.
Falarás como se fosse pé de guerra.
Terás aconchego, paz e acalanto.
quando dormires, dentro de teus sonhos.
Ao abrir os olhos, todo o inferno recomeçará.
De exigências, falsos risos e desapontos.
Esquecerão de ti, e tu serás obsoleto.
aqueles que eram teus agora são passageiros.
Ecoam vez por outra na vida
mas não tocam tua atmosfera encardida.
Mas quando quase desabei a voz também falou...
como minha mãe que acariciava meus cabelos na infância
como meu pai em cima da bicicleta a lembrança
como afeto que me fora roubado e faltou.
Mas tu irás te valorizar mais
não temerás ser o que tu é
falará o que pensa ignorando represálias.
Poderá ser odiado, mas sempre se é.
Muitas amizades ainda te pisarão a alma
poucas ou quase nulas, ficarão a calma.
Mas tu foi menino para fora de casa
e voltará homem mesmo que cheio de mágoas.
Tu poderá se sentir desprezado
mas não é culpa tua do mundo ser todo errado.
lembra que a natureza sempre está presente
se é para viver um inferno que seja fora da mente.
Tu dormirás sobre teu trabalho,
acordarás nervoso de madrugada.
Mas se orgulhará da decisão que tens tomado.
E se renovará em cada fria madrugada.
Ah! e tu descobrirás a família
como nunca fizera antes
seus pais se orgulharão
de ter virado diamante.
E sigo...
caio...
levanto...
não paro.
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