22 de novembro de 2017

Sem Título 101

Não te dói todo o tempo fingir felicidade?
Não te incomodas a constante fuga da realidade?
Ou preferes viver em demência?
Viver sempre fora da própria consciência.

Uma postura tão anti emocional,
Fascina meu intelecto marginal.
Que estou ali sempre perto mas longe
O ser lembrado pelo que não se esconde.

Beija todos, sorri e acena.
Enquanto tua alma se envenena.
É impossível não ficar incomodado
Com o teu constante pensar que nada é tão errado.

Mas me admira que quando eu falo tu me apontas
És cruel, malvado e vingativo.
Mas se te ajudo com a impureza que carregas
Sou presente, afável e melhor amigo.

Guardo comentários agora para mim
Isso não significa que eu concorde com as coisas serem assim.
Mas meu silêncio é pior que meu barulho.
Quando eu me calo prefiro a morte aos teus murmúrios.

Desculpe não sou o cara legal e primoroso.
Não sou aquele bonitão galante e esplendoroso.
Gosto de ter o gosto de sangue na boca.
Gosto de ter minha consciência louca.

Também não sou um vitimizado prepotente.
Não espalho brasa em fogo ardente.
Não sou o ser sapiente do retrato enquadrado.
Logo não preciso ser aguentado por meus talentos pouco aproveitados.

Não sou a figura doce e incomunicável.
Tenho em mim uma cólera incontrolável.
De falar e viver com todos os sentidos.
E gritar estou vivo, sinto dor! Que alívio!

Não preciso ficar constantemente fora de mim.
Defini metas mais importantes que o que tu pensas de mim
Desculpe a rima demasiada,
É que pensei em tua pessoa tão fadada.

Pareço mais de aquela alma incomodada.
Cheia de cicatrizes da estrada.
Evitada pela minha profundidade insuportável.
Bem, ao menos eu não sou um mero ponto estável.

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