17 de julho de 2016

Sem Título 77

É tudo muito confuso, a cenas parecem repetidas
Guardo ainda o dia da sua partida
Chorei desertos inteiros
Morri infernos alheios.
Que dificuldade é pensar que o outro em mim pensa.
Sem sentimentos ruins ou complacência.
Mas não posso dizer isso muito alto
É coisa de gente histérica, me faz parecer desesperado.

Mas há um vazio éter e eterno aqui
Amigos já tentaram preenchê-lo sim
Mas a matéria parece ser intransponível
Como se o vazio já estivesse cheio de invisível.

É torturante o olhar e a palavra cínica,
Que fiz eu para ganhar tal covardia?
Só queria que o mundo fosse mais sincero,
Mas ninguém sai de casa sem máscara ou terno.

É no meio da água que me renovo
Imagino universos onde lá aprovo
Ora sou monge, noutra guerreiro
Em alguns ainda sou herói e baderneiro.

Depois só resta o escuro da noite pra conversar.
Não há nenhum outro demônio em particular.
Ei, você ainda está aí? Não se vá
Ta frio e só aqui, posso ir com você?

Desculpe a falta de sincronia
Mas é que sempre pequei em manter a harmonia.
Desejo que seu desespero se pareça com o meu
Onde todos os lutadores do clube da luta são eu.

Talvez meu recanto seja apenas no ouvido.
Um fone de esquina ou ouvir "ele é meu melhor amigo ".
Quanta carência, não fale tão alto:
É coisa de gente histérica, me faz parecer desesperado.

O sentimento é indescritível,
Do nada que cabe em mim.
Mas na cabeça ainda toca uma música incrível,
Que fala mais ou menos assim.

"The men up on the news
They try to tell us all that we will lose
But it's so easy in this blue
Where everything is good

And I'll never go home again
(Place the call, feel it start)
Favorite friend
(And nothing's wrong when nothing's true)
I live in a hologram with you

 We're all the things that we do for fun
(And I'll breathe, and it goes)
Play along
(make-believe it's hyper real)
But I live in a hologram with you"

Nenhum comentário:

Postar um comentário