Ele lia aquilo como se visse sua vida
O outro estava tão próximo mas não percebia
De longe eu admirava todo aquele cenário
parecia tão distante, ao mesmo tempo que tão raro.
Bebemos um pouco, riamos como se fosse algo banal
mas percebíamos nos olhos do outro, como era natural
Fazíamos um bem inestimável ao outro,
Em simplesmente ouvir, ver, perceber-se torto.
Era revoltante a ausência do terceiro
que estava conosco, mas em outro meio...
Eu ficava revoltando pensando:
Será que ele não nota meu irmão o olhando?
Decidimos ir, o cronos passa para todos
poucos o permitem kairós, outros são tolos...
Perto da saída o terceiro notava o que perdeu,
mas já era outro dia, outra morte, apogeu.
Marcamos agora um novo encontro,
seguimos na peculiaridade de nossa essência
conversamos muito, vivemos por consequência
fazendo valer cada segundo daquele momento santo.
Hoje estou aqui ainda meio desacreditado
é dificil achar que existe um amigo ao meu lado
mais ainda raro é perceber com atenção
que ele me fez seu amigo-irmão.
Na manhã ele tocava violão com sua habilidade prodígio
lia seus textos, procurando algo não tão incrível
não achou, por que as vezes ele não percebe
a grandeza voraz que sua alma transparece.
Amanhã provavelmente será um pouco menos agradável
mas com a sensação de quem fica a manhã toda na praia
lembrarei dos momentos de agora, sentindo um orgulho-muralha.
ah meu irmão Aniki!, que honra é viver com este ser admirável
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