21 de dezembro de 2020

Sem Título 120

Queria um café.
Mas daqueles de vó.
Mas que parâmetro mais sem fé
Sem nem de fato eu tive vó.

Cheguei na casa pra acalmar meus males.
Vi novos pesares.
Me derrubaram de novo, não me canso de levantar?
O que mais me irrita é não quebrar.

Mas onde estávamos? Ah no café.
Eu queria um doce.
Queria um que fosse apetitoso, né?
Que renovasse o dia ou a noite.

Eu precisava muito desse café
Mas não me adequava em companhia
Queria me sentar num vento qualquer
Perdido, mudo, buscando melodia.

O ajuste milimétrico do chão 

desajustado,

Em vão.

Também me desajustava...

Segurei a xícara
Quase me queimei de tão quente.
Mas não conseguia largar, tão linda.
Por aquele calor era diferente, era de gente.

Tomei minha xícara e precisei de música
Cambriana lançou cd novo, vamos...
Ninguém ouviu e eu acabei terminando
Sem roma nem rima.

E foi um puxe repuxe. Todo mundo queria saber onde andava José.
José foi tomar café.
E nessa xícara tão banal.
Desejava sumir e dormir meses num cafezal.

Eu nem consegui terminar o cd ainda volto pra primeira faixa.
Fora da caixa.
Perdendo a marcha.
Que poesia sem graça.

Mas até que eu queria um tédio.
Algo médio
Pra me remediar.
Um fim de tarde, um vento no rosto e um café pra tomar.

Obrigado pelo café.

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