18 de dezembro de 2017

Sem Título 102

Eu tô voltando e todo diferente
Garantindo que tu nunca me verá novamente.
Não que agora eu seja metido a besta
Mas é que aquela ladainha já não me fecha.

E eu procurarei olha na sua cara e quero que tu perceba.
Meu olho opaco, seco e frio de toda a solidão e tristeza.
Finalmente sou forte o suficiente,
Já não há mais lágrimas ou sangue aparente.

O lado bom de voltar é me livrar dos demônios que lá tive,
Olhas falsos, discursos vagos...que chatice.
Sem aqueles julgamentos tão vagos e sem sentido
De gente que acha que sabe quem é o ser que habito.

Tudo bem eu sou consciente do que ocorrerá
Tu falará que saudades teve e que outro como eu não há.
Eu concordo com tua fala complemente...
Tem que ser muito infeliz e burro para, sendo eu, acreditar em amigo novamente.

E perguntam porque espero 14 de viagem.
Porque ando com estranhos por tanto tempo.
Tu também se veste de desconhecidas paisagens.
Mas só minha postura cabe julgamento?

Eu gosto de esperar o tempo que ninguém espera.
O café esfriar, o suco azedar, o ônibus passar e a voz se calar.
Tudo bem se tu achas que eu sou deslocado.
Tenho que lhe dizer, você não está enganado.

Mas agora vejo tudo diferente,
Mesmo que por fora eu pareça transparente.
Sou um andarilho que vagabundeia minha mente.
Sem se preocupar com o tempo terreno de outra gente.

Agora me de licença e se não puder eu saio a força.
Preciso me encontrar com o vazio.
É um silêncio que busco, uma misericórdia bela qual sorriso de moça.
Quando tu tentas entender, eu viro poeira, volto pro meu limbo.

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