3 de junho de 2017

Sem Título 94

Com o espirito já deflagrado em si,
esperanças perdidas.
sou um sou ser andante no vazio.
Um vir a ser que já se foi antes de vir...

A constante percepção de solitude já não me assusta
consigo caminhar no escuro como se não doesse.
notar a vaga percepção dos outros em mim já não me frustra
Consigo sorrir no cinza como se não chorasse

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo


E todas as manhãs são de gratidão e sorriso a natureza.
contemplação de momentos pequenos
O valor da vida que os desconhecidos dão à tristeza
realização de tentar ser feliz, pelo menos...

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via um infinito
Sem presente, passado ou futuro


Mas não escrevo isso para tua pena...
e também acho que tu não me entendas.
Sofro da rara paranoia afinal:
Vago e leve para os outros, mas para mim denso e mortal.

E todas as tardes são de diversão e euforia.
Poder realizar um sonho e me imergir nisso.
Um leve surto depressivo
de sempre se ver como nunca visto/ouvido.

Mas eu realmente preferiria estar 
em casa sozinho.
do que estar aqui nessa sala com pessoas
que não se importam se eu estou bem.

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