1 de janeiro de 2017

Prelúdio do viver o imediato futuro

Talvez esse ano tu sintas minha falta.
Talvez esse ano tu me acompanhe para onde eu ir.
Talvez seja eu que não te tenha mais.
Ou talvez tua irmã, fortuna, esteja simplesmente de bom humor.
Ó deusa tempo, que me consome e me altera.
Que nas planícies de meu pensamento, tortuosa, persevera.
Não te peço hoje um Chrono ou um Kairós.
Peço apenas um recomeço em uma nova estação.
Quero estar só, vagar e ser assim.
Essa vida terrena não pertence a mim.
Tu sabes o quanto sou andarilho.
E minha alegria primeira é ver teus desatinos.
Ó deusa do espaço continuo, leve-me daqui.
Faças que tudo mude de novo.
Que aqueles que estejam fiquem.
E que os que estiveram sigam seus próprios rumos.
E se não houver ninguém em físico. Não ha problema.
Tenho o vento, o sol, o véu do céu e as plantas.
E se te tenho como única confidente.
Não ha o que temer de acontecer.
Escuto teu grito frio e tu pronuncias:
É o tempo é o tempo, é a vida é a vida.

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