Talvez esse ano tu me acompanhe para onde eu ir.
Talvez seja eu que não te tenha mais.
Ou talvez tua irmã, fortuna, esteja simplesmente de bom humor.
Ó deusa tempo, que me consome e me altera.
Que nas planícies de meu pensamento, tortuosa, persevera.
Não te peço hoje um Chrono ou um Kairós.
Peço apenas um recomeço em uma nova estação.
Quero estar só, vagar e ser assim.
Essa vida terrena não pertence a mim.
Tu sabes o quanto sou andarilho.
E minha alegria primeira é ver teus desatinos.
Ó deusa do espaço continuo, leve-me daqui.
Faças que tudo mude de novo.
Que aqueles que estejam fiquem.
E que os que estiveram sigam seus próprios rumos.
E se não houver ninguém em físico. Não ha problema.
Tenho o vento, o sol, o véu do céu e as plantas.
E se te tenho como única confidente.
Não ha o que temer de acontecer.
Escuto teu grito frio e tu pronuncias:
É o tempo é o tempo, é a vida é a vida.
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