4 de janeiro de 2016

Sem Título 75

Quando era criança sonhei com isto uma vez
uma lápide preta continha meu nome grafado
nela dizia que vivia ainda mais um bocado
mas não completaria um vigésimo segundo talvez.

Fiquei preso a isso de alguma forma
vi que meu tempo acabava mais rápido do que o dos outros
fiz sofrer por isso, sofri por isso, em tempos noutros
mas nada vez mudar a forma

Deparo para o relógio, são meia noite e dois
continuo em carne e osso, filho do carbono
mas é como se num milisegundo, um momento estranho
a vida zerasse e o contador recomeçasse: agora é 22

Nada mudou e tudo esta fora do lugar
não conseguir chegar na média que prometi
ainda carrego milhões de defeitos que posso admitir
são mais irritantes do que qualquer um possa pensar

E quisera eu tratar de maneira tão sublime
talvez como trato todos que me rodeiam e faço rodar
o cara que fala com todo mundo mas geralmente não exprime
que se sente só em multidões e acompanhado só com o luar.

Conheci gente, fui desenvolvendo.
Vi gente virar as costas, vi colega morrendo
diferenciei-me de muitos que tinha a mesma postura
mas nem computação nem quimica, mas matemática que loucura.

Louco do cabelo enrolado, grande e gordo como resultado
quase suicida em muitos momentos
mas quase amor a vida em tantos sentimentos
choroso, reclamão, abusivo e egoísta. é defeito demais para uma só lista

Mas é com gosto que levanto meu bravado
levante o dedo que não carrega nenhum defeito roubado.
O cara que era zoado, hoje em dia ainda é
mas o palhaço que sempre fora se manteve de fé.

Fé não nos que me cercam ou fingem que veem
mas dos desconhecidos que conhecidos se tornam por querer
não as amizades que necessitam de prova
mas as verdadeiras que eternizam-se em prosas.

Apenas um ponto querendo atenção
e se me perguntares se eu estou em solidão
respondo-lhe: dela nunca sai e nem pretendo
mas existem outros 21 que estão me entendendo.

Da criança mais calada, ao rapaz mais rabugento
do nunca proclamado poeta, mas do insistente matemático
Do cientistas em fase de testes ao curioso em filosofia
do cara que busca de uma forma ou de outra, viver sua própria vida.

Não preciso de teus detalhes nem de falsas percepções,
recluso-me no meu gritante silêncio.
Não foi a vida até agora uma lição de tortura?
Transformai esta lágrima em música e cantemos.

De hoje não faço mais nada em detrimento vazio
não procuro mais a tranquilidade em alguém
abraço-me ao solitário desconhecido
e faço paz e equilíbrio em mim também.

Isto não é um pedido de melhora
não me tornarei melhor amanhã
não serei são, magro ou galanteador.
Ainda serei o mesmo, mas sem dolor

E se achares que me entendeu
está tudo errado
quando começares a me ouvir,
verá que me mantenho, mas mudado.

Não sei o que o futuro me guarda,
mas não quero que ele me responda
Pois o único undisclosed desire será
o do meu coração, quando eu me feel good inc.
em stole the show! viver é um eterno Instant Crush

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