20 de novembro de 2015

Sem Título 73

Foram épocas pavorosas as que vivi
foram amarguras horrendas a que presenciei
mesmo que os outros digam o que já entendi
não escondo a eles que me impressionei

E agora no final das estações,
começo falando do que ocorreu em cada uma
começando pelos repetitivos e monótonos verões:
onde meu ser se condensa, se multiplica como se espera

Ali minhas emoções são latentes
e quase não uso o modelo racional
todos cobram, pressionam, gritam mas são ausentes
e eu só quero achar um modo de escapar daquele mal

E quem se importa com teu verano?
exatamente ninguém.
embora alguns digam que entendem teu ano
poucos se sentam para ouvi-lo também

Nesse tempo eu me cego e cresço
como erva danosa, como doença
me irrito facilmente, me acalmo, subo e desço
Não há expectativa de melhora, nem reza, nem crença.

De todas as estações, essa foi odiada
tantas ações tomadas, tantas coisas faladas
todas descem arrependidas
como aquelas chuvas de verão, que somem logo em seguida.

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