28 de maio de 2015

A amargura da realidade?

É amargo viver na realidade?

As pessoas acabam idealizando as coisas que não podem acontecer do que realmente se empenhar nas possíveis. Passam a ser efêmeros por serem excessivamente sonhadoras. Estas acabam pensando na em grandes conquistas, grandes amores, grandes encontros. Se acostuma mais em dar a vida toda para ver o ídolo da banda favorita ao invés de pensar no show daquela banda com os amigos, pra simplesmente sair sabe? fugir do cotidiano, viver...acho que talvez seja isso, a gente se acostuma em planejar a vida ao invés de vivê-la. Devido a isso acabamos de jogar o simples no lixo, deixamos de aproveitar oportunidades de pequenas coisas para planejamos grandes infinitos de impossibilidade.

Sabe aquele cientista do século que você quer ver pessoalmente, aquele carro de última geração que você quer ter, aquele CD que custa o seu salário? sabe aquele encontro com um amigo que você não vê a décadas? Já pensou que tudo isso tem grande chance de não acontecer? é muito mais possível ter um papo franco com seu professor, comprar um carro popular de segunda mão em boas condições, comprar um CD de uma banda menos conhecida que seu colega te falou ontem, é até mesmo mais fácil aprender a conviver um pouco com que está a sua volta ao invés de se isolar num grupo extremamente pequeno de pessoas.

A vida pode ser mais tênue, mas nem sempre a gente pensa nessa possibilidade. Prefere abusar da imaginação. Isso não é errado. Imaginar e trabalhar com possibilidades é ótimo, o problema surge quando se cria um mundo irreal, onde tudo é possível. Lide com isso: nem tudo é possível.

Sim é amargo viver na realidade, mas é mais amargo acordar para ela. Se é assim, porque não simplesmente aceitá-la e tentar ver a beleza de um mundo cinza ao invés de enebriar-se num oceano de cores que cegam?

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