25 de dezembro de 2014

Sem título 51

Afinal de contas quanto você vale?
Você vale a espera de uns minutinhos a mais?
Vale pegar o trânsito tão caótico?
Você vale o telefonema demorado com a orelha quente?
Você vale ao menos o partilhar da comida?
Vale o café frio?
Você vale o refrigerante quente?
E que tal o ônibus atrasado depois de um dia cansado?
Você vale a ponto de eu dizer que estou indo se ainda estou aqui?
Você vale a espera para conversar?
Vale o atraso de outro compromisso?
Você vale o “eu estava ocupado (a)”?
Você vale a briga do chefe pelo meu atraso?
Vale as horas de estudo que investirei depois?
Vale o tempo perdido?
Vale o ócio ganhado?
Você vale a madrugada gastada?
Vale o desmarcar? O remarcar?
Você vale o presente encomendado?
Você vale o pensar e repensar acerca?
Você vale a distância?
Você vale a proximidade?
Será que você realmente vale?
Ou será que eu lhe valorizo?
Será que eu valho tudo isso?
Valemos nada e tudo.
Valemos tudo e nada
Valemos algo que talvez nunca pensássemos em valer.

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