Eles dizem cala-te escuta o que tenho para dizer
Mas acho que aprendi errado, silencio não sei fazer
Resolvo então ponderar a fala e resguardar as palavras
Mas se resguardasse todas, como poderia contar fabulas?
Eles dizem silêncio, é minha vez de falar
Não tens direito a questionamento, nem pensar
Devo no entanto ir a outro universo
onde minha voz é ouvida num triste verso.
Mas acabo bebendo do calar intragável
engulo cada letrinha e seu gosto desagradável
Mas a minha mente não faz silêncio
lá eu grito, canto, falo, digo tudo que penso.
Mas que confortável é mandar calar
enquanto o oprimido cala, minha voz pode imperar
não devo me preocupar em como o outro pode reagir
ali ele não tem direito a nada, deve apenas me ouvir
O que posso então fazer em desatino: GRITO
por mais que diga: eu não mereço. Ensurdeço
Ainda que seja algo coerente: Cala-te, seja obediente
Mas me aguarda o destruídos de diálogos: Ácidos
Um dia eu me calo e emudeço de verdade
um dia não vai existir minha voz nessa cidade
Não duvide se um dia sentir da minha voz, falta
foi porque me ordenou um dia, cala.
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