29 de dezembro de 2014

Sem título 52

Tenho sede de escrever, de falar aqui o que penso
Preciso calar essa voz que grita: fluxo errado, fluxo errado!
Coço os olhos, como cego que tenta voltar a enxergar
só quero que essa tensão apreendida parta, sem voltar.

Pois bem o que acho, meu caro leitor:
o fluxo de amizade dele está errado,
as coisas estão se movendo de modo contrário,
iludindo a todos que não vejam este horror.

As horas não são mais áureas,
beiram o desinteresse, como pode-se agir de maneira tão turva
entendo que existam mudanças, mas que não sejam retas, sejam curvas.
agora toda a percepção parte de análise contrária.

Não me entenda mal, seja com u ou com l.
Afinal que posso eu envolver em seu caminhar
se escolheu estes passos para teu caminho andar,
não meto-me a atrapalhar os caminhos que elege.

O fluxo está tão diversificado, de maneira tão ofuscada
Que não posso mais tolerar como se nada aconteceu,
se pelo pouco que convive, já me conheceu,
saberás que não consigo mudar de cara.

Não, não sou tão virulento
mas há algo de bom nisso tudo?
sim, não sou de ficar em cima do muro
deixo minha opinião do inferno ao firmamento.

Espero que esta sensação negativa se afaste
que os momentos investidos retornem
pois não há maior tragédia para um escritor de ontem,
do que prever o hoje na realidade.

O fluxo está mudando, um fluxo qualquer
não há errado ou certo, venha o que for
ainda que não concorde com o interior
as mudanças existem, haja o que houver.

Não se trata de apontar o dedo e dizer: errado
as mudanças seguem até o fim da existência,
o que acontece para esclarecer a essência,
é quanto eu não mais existir em seu estado.

Ali quando eu partir, não olharei para trás
fugirei com as poucas malas que carrego
pois se sofro, engulo até pregos.
Também sei a hora que devo ser perspicaz

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