E tudo que estou fazendo agora
é simplesmente me adaptar ao que está por vir.
não estou, abdicando de ninguém outrora...
e sim apenas me jogando ao devir.
Daqui a poucos dias nada me restará.
Estarei apenas com sonhos e medos.
Sem amigos, irmão e qualquer tesouro lutado.
sem minha família, nem a posse de meu lar.
Apenas terei o silêncio como sala de estar
o pessimismo como convidado de honra
pilhas tecnicistas para me acompanhar
e nada mais belo que me promova.
Suplico ao belo arvoredo que vejo,
enquanto componho esse texto-fato
que não falte o cantar dos pássaros
o verdejante das plantas e o azul tão alto.
Ainda permito que minha voz se cale,
que meus poemas morram,
e que meus olhos sequem.
mas não permito-me o esquecer dos dias.
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