Há o vazio da paz
e a completude do desespero...
Ambos ao mesmo tempo,
dominando e destroçando o ser inteiro.
Mas por alguma razão, não há dor
não existe lágrima ou lamuria...
Como se meu ser tivesse cansado do que há
e simplesmente se acostumou com a penumbra...
Já não mais sou iluminado,
e pergunto se algum dia fui...
nem devidamente enegrecido
pelos ventos que já tem passado.
A realidade dos meus pensamentos destroem
gritam: tua essência não existe...
Tu és só, não há companhia intermitentes
Aceitas e sacia com texto, tua solidão voraz...
Procurar-te-ão quando necessário for,
ou simplesmente quando desejarem...
Deves te importar com tua própria estrutura
do que escutar as farpas de um marceneiro.
Aproveita a penumbra que pertences
e enxerga com cuidado a tua sombra
que te persegue, assusta e ronda
mas no fim é a única companheira que clama...
A sabedoria dos outros também será esquecida
já não se trata de lutar contra o outro
teu inimigo é apenas tu
e você e tu e só.
A beleza também é componente voraz
que foge das donzelas mais nupciais
e dos belos rapazes com sorrisos brandos
mas não se é o outro, então sejas capaz.
E a força não poderá ser comparada
com o papel ou o mais rude dos animais
apenas será a expressão do eu cerne,
que repousa sentindo o cheiro dos cafezais...
E teus companheiros serão outros
teus amigos verdadeiros se manterão...
não em carne e ossos, nem em folhas de papel,
mas no entoar de cada nota musical...
O sentido, este é livre
e livrai-me de todo o mal
que cada um entenda como quiser
sejam livres com seus "ponto final".
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