1 de agosto de 2015

Sem Título 69

Estava conversando com uma amiga,
e me vi rodeado de lembranças,
momentos simples mas com certa significância,
que transcendem o cotidiano da vida.

Lembrei-me rapidamente da infância,
quando sofria aqueles pequenos problemas,
feridas tão superficiais, tantos outros dilemas,
que eram ignoradas em todas as insfâncias.

Voltei principalmente ao choro que logo fora educado,
meu choro era constantemente repreendido:
madavam as lagrimas voltar de imediato,
se eu ainda persistisse, melhor seria ficar calado.

Fui crescendo e isso se tornou parte de mim,
todos me viam de maneira positiva, sempre muito bem,
mas ninguém imaginava que depois, do fim dia, muito alem,
eu estava no escuro, mudo, chorando as dores sem fim.

Foi preciso enrijecer a pele, ganhar uma armadura.
Para continuar os passos dentre os espinhos,
superando, as dificuldades e os desatinos,
tentando procurar um doce na amargura.

Tornei-me muro e poucos veem minhas frestas,
o mais fácil é me chamarem de frio e dizer: ele não presta!
Aprendi a convivier com esse tipo de opinião,
os amigos de verdade veem além de minhas arestas, interpretam a ação.

Sigo numa madrugada qualquer depois de um dia morno
e penso nas perspectivas dessa personalidade,
não há volta para rehaver minha maleabilidade, 
pois troquei os espaços, antes socorro, agora só corro.

Não para fugir, mas por encarar a luta,
por ter consiência de toda diária labuta
que é viver sendo sempre moldado,
não pelos eventos de fora, mas pelo determinado.

Não careço de ajuda e peço que pena não sinta,
é apenas um dividir sobre um estado reflexivo,
como martelo que bate em ferro não abrasivo.
reforço-me em cada destruir que a vida dita.


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