18 de maio de 2015

Sem Título 61



Quanto vale um amigo?
Quanto vale um consigo?
Quanto vale um comigo?
Quanto vale um perdido?
Quanto vale ter dormido?
Quanto vale ter esquecido?
Quanto vale ter ouvido?
Quanto vale ter consumido?
Quanto vale ser destruído?
Quanto vale?

Como as esperanças são quebradas,
por entranhas que fogem das pragas.
Tanto que destroem a vitalidade inicial
poluem como lixo, num açude natural.

Devo eu ser amigo?
Devo eu dizer: consigo!?
Devo eu levar comigo?
Ou devo eu manter perdido?
Devo eu nem ter dormido...
Não sei... Devo eu ter esquecido.
Devo eu nem ter ouvido.
Só sendo usado, consumido.
Até que no final fui destruído.
Devo?

Mas e as tuas ações não importam?
Não és mero fato isolado, te notam.
Não basta se por como coitado,
pensa num passado programado.

E no final fui amigo?
Não sei se consigo.
Me mantenho comigo?
Ou me mantenho perdido?
O que é exatamente ser vivo?
Acho que lembr...esqueci.
Como? não consigo te ouvir...
Tomo os remédios prescritos
E encontro-me pulverizado.

Não lembro mais de nenhuma linha disto aqui,
Parece que minha mente bloqueou na metade,
Mas vou embora em muito alarde,
Sei que sou único a ir e vir.

Irriteime ate que escrevi tudo erado,
Deichei a horografia de ladu,
Mas lembrei de um momento de sanidade,
Aquela música toca, faz uma eternidade:

You were the love of my life
Darkness, the light
This is a portrait of a tortured
You and I
Is this the, is this the, is this the end?

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